Não é nenhum segredo que o padrão de negócio do jornalismo há mais de uma década, arrastando uma má saúde de ferro. O que veio primeiro, a web ou a instabilidade de confiança? Pode ser que tudo de uma vez. Nos piores anos da incerteza espanhola, o jornalismo foi o segundo setor econômico que mais destruiu empregos após a construção.
Embora parece que o pior neste instante passou, os grandes grupos de intercomunicação continuam sem encontrar a galinha dos ovos de ouro que os faça reverter aos bons velhos tempos. Plenel visitou Barcelona pra ceder uma conferência sobre o futuro do jornalismo com o jornalista argentino Ernesto Tiffenberg no âmbito da exposição Mediapro Live: A revolució do directe, que você pode visitar esses dias no Palau Robert.
Qual é a sua receita para alterá-lo? A desconfiança em relação aos meios dominantes é legítima, pelo motivo de é uma desconfiança para o espelho em que se reflete a comunidade. Esse espelho nos mostra uma espécie de fatalidade econômica, de conformismo ideológico (…) É regular que a juventude tenha desejo de, algumas vezes, quebrar o espelho. Os jornalistas precisamos tomar essa instabilidade de firmeza como uma ligação a mim pra defender o nosso ofício. O público não recuperará a certeza em nós, de repente, toca-nos afirmar-lhes que podem confiar.
O jornalismo não está ao serviço do Estado, nem ao menos muito menos de os proprietários dos meios de intercomunicação, está ao serviço do público, de um justo fundamental da democracia que é o direito de saber. A democracia não é somente o certo a voto, posso avaliá-lo e fazê-lo por meu pior adversário, se não estou informado, se você não entende o que é o que se faz em meu nome, eu estou cego.
- Observação discriminante
- 13:Treze alex ->hala madrid
- 3 O acordo de parceria e a demanda de Fiat
- Página quatro de quatro
- quatro Quarta República (1996-2012)
O justo de saber, não é só um começo democrático fundamental, mas que é também o que faz do jornalista um militante pela democracia. Não está acima da democracia ou da sociedade, está a teu serviço.
Você foi feito de autonomia jornalística a sua bandeira. Qual é o seu diagnóstico da imprensa espanhola? A imprensa espanhola habitual vive o mesmo problema que os meios de comunicação a grau internacional, e essencialmente os franceses. A queda ligada à revolução digital tem contribuído pra um retrocesso da liberdade, enfraqueceu a liberdade das redações e deu peso aos poderes económicos e os acionistas que não suportam não controlar o conteúdo. O que tem acontecido no País ou no Mundo, nestes últimos anos ilustra.
A liberdade hoje se tornou uma questão central em relação à instabilidade de certeza. Precisa-se combater sem ter a certeza de que vai receber. Se não, não lucharíamos nunca. Há que combater. Há que fazê-lo por causa de estamos ao serviço do público.
Se não o fizermos, o público terá causa de detestarnos. No Brasil nunca tivemos o costume de pagar pela informação, somos um dos países da Europa que menos compra jornais. Se a independência jornalística baseia-se no apoio económico dos leitores, Há alguma esperança pra imprensa espanhola? Você tem que convencer o leitor de que a informação tem um preço, e a liberdade assim como. Que por trás da expressão dica e liberdade há serviço e não há trabalhadores.
E que a melhor de sempre garantia para a independência é não necessitar de ninguém mais que o leitor. Em Mediapart nosso lema é: “Só os nossos leitores podem adquirir”. É uma batalha de convicção. Quando lançamos Mediapart o mundo todo dizia dentro e fora da França que estávamos loucos.